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Esta deusa do panteão africano é considerada, tanto no Brasil quanto em Cuba, como a nossa Grande Mãe. Na África, era uma divindade de menor importância. Sua influência começou a crescer com a saída forçada dos africanos de sua terra natal em função da escravidão, a chamada Diáspora Negra. Os negros, agora escravos, tinham a consciência de que o que os separava da sua terra natal era o oceano, imenso, quase intransponível.
A vinda dos negros da etnia ioruba se iniciou no século XIX, devido às guerras internas em que os líderes locais guerreavam entre si, vendendo os vencidos como escravos a fim de comprar armas e guerrear mais. No Brasil, até então, a maioria dos escravos tinha origem na etnia Angola-Congo.
O sincretismo religioso fez com que a cultura ioruba, detentora de uma marcante mitologia grega, se impusesse e se misturasse com os santos católicos, numa tentativa dos africanos de tornar seu culto mais discreto aos olhos do branco e, por outro lado, da Igreja por forçar os africanos a reverenciar os santos católicos, como já havia sido feito antes na Europa dos tempos do paganismo.
Em Salvador, Iemanjá foi associada à Nossa Senhora da Conceição da Praia e Nossa Senhora dos Navegantes. Seus festejos ocorrem no dia dois de fevereiro, coincidentemente dia da festa de Nossa Senhora da Candelária comemorada pelos antigos celtas como deusa Brigit.
Na verdade, as diferentes faces do arquétipo feminino acabam surgindo nas diversas culturas de formas semelhantes, o que faz com que muitas de suas comemorações acabem assumindo alguns traços em comum.
A festa de Iemanjá surgiu em Salvador, sendo comemorada inicialmente na praia do Rio Vermelho, no ano de 1920, em uma época em que houve escassez de pesca. Pertencentes à colônia de pescadores Z-1, com a ajuda da mãe de santo Júlia do Bogun, realizaram a festa batizada como “Presentes da Mãe d’Água” que a partir da década de 1960 ficou conhecida como “Festa de Iemanjá”. Hoje em dia, a festa envolve todo o bairro do Rio Vermelho e diversos locais no Brasil, aonde a deusa é reverenciada também no dia 31 de dezembro, sendo homenageada com flores brancas, pequenos barcos com objetos femininos como pentes e espelhos. Também são ofertados champanhe e velas. Diversos terreiros de umbanda e candomblé levam para a praia seus filhos, a fim de prestar homenagens e permitir que seus guias espirituais se manifestem. Na festa do Rio Vermelho, os pescadores recolhem as oferendas em seus barcos e as jogam em alto mar.
Com presentes, são enviados à deusa os mais diversos pedidos. Esta manifestação é tão forte que atinge a população em geral, principalmente no dia 31 de dezembro, quando é comum muitos brasileiros saírem de casa em direção às praias a fim de levar suas oferendas à Iemanjá, para que ela leve embora as negatividades do ano anterior e traga boas novidades no ano seguinte.