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Uma das questões mais intrigantes para aqueles que estudam mais a fundo o Cristianismo é o fato de que há um lapso de tempo no relato sobre a vida de Jesus no Novo Testamento. Ele aparece aos 13 anos, discutindo com os doutores do templo e “misteriosamente”, só aparece depois, aos 30 anos, no início de sua pregação. Existem várias teorias sobre este “desaparecimento” e uma delas diz que Jesus teria, durante este período vivido entre os Essênios, religiosos de uma seita do Judaísmo que tinha alguns princípios bastante diferentes da religião judaica da época.
O primeiro relato histórico a respeito dos essênios é do historiador Flávio Josefo, que teria vivido durante três anos como discípulo de um essênio a fim de aprender sua doutrina.
O que mais chama atenção com relação aos preceitos dos essênios é sua grande semelhança com o Cristianismo primitivo, como o batismo, a divisão dos bens e uma ceia compartilhada entre os membros, constituída de pão e vinho, entre outras coisas. Seu líder era o misterioso Mestre da Sabedoria que os preparava para a vinda de um Messias. Apesar de grande semelhança entre a religião Cristã e a doutrina essênia, não existe prova documental da ligação entre as duas.
Entre 1946/47, o pastor Juma Mohamed encontrou, junto às encostas do Mar Morto, alguma caverna aonde foi encontrada um vaso com um manuscrito. Este foi o primeiro dos chamados Manuscritos do Mar Morto, encontrados em escavações até o ano de 1958. Foram descobertas 11 cavernas com vários destes manuscritos em forma de rolos, guardados em vasos de barro.
Estes escritos foram realizados pelos essênios da comunidade de Quram nos idiomas hebraico, grego e aramaico. Os textos são constituídos de quase todo o Velho Testamento, com exceção do Livro de Esther, o Preceito da Comunidade, composto de regras de vida que eles seguiam; informações sobre os bens da comunidade, comentários sobre a doutrina dos essênios, totalizando quase mil obras, que só recentemente tiveram sua tradução completada.
Os Essênios viviam em comunidades compostas por homens, se alimentavam apenas de vegetais, não faziam mal a qualquer criatura viva, mas podiam viver fora da comunidade e ter profissões que não exigissem o emprego de violência. Muitos eram escribas ou se dedicavam à educação. Jamais poderia haver entre eles açougueiros ou fabricantes de armas. Conheciam profundamente as ervas medicinais e várias práticas de cura.
O único ser vivo que podiam comer era o peixe, aberto vivo e tendo sido retirado todo o seu sangue. Tomavam dois banhos por dia antes das refeições e se vestiam sempre de branco. Geralmente nos desertos, como o mosteiro de Quram, suas comunidades contavam com sistemas de captação de água que possibilitavam manterem seus preceitos de higiene. Todos trabalhavam para seu sustento, pois consideravam todos os homens como iguais, não havendo escravos entre eles. Eram discretos e silenciosos, evitando discutir sobre religião com quem não seguisse sua doutrina. Sabe-se também que alguns deles viviam nas cidades judias fora da comunidade.
Esta doutrina teria surgido no Egito (foi encontrado um primeiro manuscrito em 1896/97, em uma sinagoga no Cairo) sendo de um pequeno grupo de judeus que se afastou dos demais e foi viver no deserto, estendendo suas comunidades do Mar Morto até o Vale do Nilo.