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O Jogo de Búzios e o conceito africano de destino

      Para compreender os mecanismos de funcionamento do jogo de búzios e seus oráculos irmãos – o Ifá e o Opelé, precisamos entender como os africanos acreditam que se dê o destino dos seres humanos. Este destino é regido por entidades específicas, os odùs, que são os seres que participaram da criação do universo; totalizando dezesseis odùs, sendo cada orixá regido por vários odùs. Eles são os que traçam os caminhos da existência de todos os seres, homens e orixás.

      Todos nascemos com um caminho até certo ponto pré-determinado, com tendências positivas ou negativas, cabendo a nós nos aprimoramos no que há de positivo e tentarmos eliminar o que é negativo. Este é o odù ori, ou ori de destino, que marca a nossa própria individualidade. Para tudo se pode consultar o oráculo, ou Ifá – que é na verdade o deus que rege os oráculos – para que ele nos diga qual a melhor maneira de cumprimos nosso destino. Quando desejamos superar algumas dificuldades, podemos fazer oferendas aos orixás, a fim de que eles nos ajudem nesta caminhada.

      O oráculo de Ifá é exclusivamente masculino, só podendo ser consultado pelos babalaôs, os iniciados em Ifá. Já o jogo de búzios é aberto a homens e mulheres que sejam iniciados no culto afro-brasileiro ou africano e é regido por Exu. O Opelé é um sistema mais complexo, baseado nas 256 possíveis caídas dos 16 odùs.

      O jogo de búzios, comumente mais conhecido, é um oráculo disponível no atendimento do Ventura Esotérico e pode ser de grande ajuda tanto nos problemas do cotidiano quanto para entendermos com profundidade as questões do mundo espiritual.