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Um dos santos mais populares, padroeiro de várias nações como a Inglaterra e Portugal, Jorge da Capadócia não é mais considerado santo pela Igreja Católica, mas seu espírito heróico e guerreiro existe antes do Cristianismo e se perdura após seu expurgo acontecido no pontificado de Paulo VI. Sua figura muda de nome ao transpor os limites das religiões. De onde vem esta força?
A lenda de São Jorge remonta a Idade Média, quando os cruzados de volta das tentativas de reconquista da Terra Santa traziam as histórias de um soldado romano do século III convertido ao catolicismo. Sua coragem e destemor eram decantados por todos. Conta-se, por exemplo, que ele teria conseguido resgatar a filha de um rei líbio que estava aprisionada por um dragão. O rei e todos os seus súditos, agradecidos converteram-se a fé cristã a mesma que dava forças a Jorge para tal bravura. No entanto, estas demonstrações logo chegaram aos ouvidos de seus superiores. Jorge confirmou sua fé e recusou-se a abjurar. Como era comum no Império Romano dos primeiros tempos do cristianismo, Jorge foi torturado até a morte que aconteceu, segundo conta a lenda, na Palestina num dia 23 de abril, data que até hoje a ele é dedicada.
A figura do herói guerreiro, vestindo armaduras, e empunhando espada e lança, que faz parte da iconografia medieval, é a dos nobres cavaleiros, os mesmos que empreenderam as cruzadas. Um soldado romano do século III teria outra aparência. Mas este herói é a transposição cristã do deus Marte romano. O deus que protegia as legiões romanas, tão populares quanto o deus maior Júpiter, haja vista que o militarismo era a marca dos romanos. Marte, por sua vez é o deus Ares dos Gregos. Como sabemos, a mitologia foi uma das heranças gregas para os romanos. No entanto, o Ares grego já apresentava características diferentes. Possuía um temperamento agressivo e turbulento. Cometia violência gratuita e se metia em várias confusões. Com tudo isso, Ares não era um deus tão popular comparado, por exemplo, à Hermes ou a Dionísio. Podemos observar que este herói guerreiro sofre uma série de transformações que nada mais são que o direcionamento da energia animal, brutal e agressiva de Ares grego, para uma combatividade com fins civilizatórios, portanto melhor direcionado em objetivos e metas, que faz parte do deus Marte dos romanos, e por fim, para um heroísmo altruísta, despojado de interesses pessoais, movido pela fé como em São Jorge.
Aqui no Brasil, aconteceu o sincretismo do catolicismo com as religiões africanas e São Jorge fica sendo a representação do orixá Ogum. Na condição de filho do rei, Ogum conduziu e venceu várias guerras contra os reinos vizinhos. Ele é considerado deus do ferro e dos ferreiros, da guerra, da caça e da agricultura.
Todas estas facetas do deus guerreiro que se mantém na mitologia e na religião de todos os povos é explicada pela Psicologia e pela Astrologia como um arquétipo que faz parte do inconsciente coletivo. Aquele lado aguerrido que pertence a todos nós. Por mais pacífico ou passivo que a pessoa seja, existe uma energia que é inerente ao sentido de sobrevivência que nos é útil desde que vivíamos em cavernas. Na Astrologia estas características são representadas pelo signo de Áries e por seu planeta regente Marte. Embora os nativos deste signo possam expressar estas características de forma mais evidente, todos temos em nossos mapas astrais o signo de Áries e o planeta Marte em algum setor de nossa vida. Isto quer dizer que, em algum aspecto de nossa personalidade ou de nossas ações, expressaremos a combatividade, a energia guerreira e até mesmo a agressividade. Estas características podem ser manifestadas na nossa postura, na nossa forma de falar, no nosso trabalho, nos nossos relacionamentos, e em toda atitude para se alcançar um objetivo.
Resta saber se esta atitude combativa e guerreira se dá de forma descontrolada e sem objetividade, ou na forma de um heroísmo fanático, ou de forma elevada e controlada. Isso vai depender de quão sintonizado está a pessoa com aquele aspecto interno.