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Os séculos I e II de nossa era foi um período em que várias correntes filosóficas e religiosas se proliferaram nas regiões do Mediterrâneo. Muitas se inspiravam nas escolas iniciáticas dos mistérios como a de eleusis ou dos pitagóricos, e tinham como principal investigação os textos sagrados dos judeus e cristãos. Eram interpretações alternativas das escrituras e, por isso, foram banidas e retiradas dos cânones tradicionais quando a Igreja Católica começou a se formar. Toda essa tradição convencionou-se chamar de Gnosticismo, do grego gnose (conhecimento).
Os gnósticos foram perseguidos e banidos. Muitos de seus textos se perderam e outros foram escondidos e, posteriormente encontrados, dando aos estudiosos um vasto material para entendermos a mentalidade dos primeiros cristãos e dos homens daquela época. O que poderia ser uma interpretação gnóstica do Pentateuco, por exemplo? Quais os motivos de não serem incluídos na Bíblia Sagrada?
Uma das crenças dos gnósticos é referente à dualidade divina. Havia um Deus supremo, como o conhecemos nas religiões monoteístas, mas havia também um Demiurgo: o deus construtor ou Arquiteto. Este deus não é perfeito como o primeiro, por isso essa crença permite entender o porquê existe o mal no mundo. Em outras correntes gnósticas, como a dos Maniqueus, essa dualidade era mais evidente ainda, não havendo uma hierarquia entre os deuses do bem e do mal. Alguns estudiosos das religiões lembram que o Deus do Antigo Testamento na Bíblia, com todo o seu rigor expresso em várias passagens, é muito diferente do Deus no Novo Testamento que é só amor. Consideram que isso é resquício dessa dualidade divina suprimida dos textos sagrados.
Outro conceito gnóstico diz respeito a Sofia, análoga à alma humana que representa o feminino tão desprezado na tradição medieval. O elemento feminino que faltou na Trindade e que, em certo momento, os cristões conferiram à figura de Maria, mãe de Jesus.
Os chamados manuscritos gnósticos, ou livros apócrifos, que ao longo do tempo foram sendo descobertos, sendo um dos mais importantes os textos da Biblioteca Hag Hammadi, encontrado em 1945 no alto Egito e que datam do século III; representam a descoberta de uma capsula do tempo do qual se desenterram o espírito humano que poderia ter sido, mas que jaz no passado.